Com a chegada de mais um ano eleitoral, o velho corpo seco decidiu tentar novamente a sorte, mesmo enfrentando a maior rejeição da história política local. Desesperadamente, ele buscava se transformar de uma criatura desagradável em alguém simpático da noite para o dia.
Os moradores da cidade, especialmente os comerciantes, testemunhavam suas aparições bizarras. O velho político se espalhava como uma lenda viva, tirando selfies com os transeuntes, abraçando desavisados e assombrando cada esquina com seu sorriso forçado.
Um comerciante local, ao ver o espectro político se aproximando de sua loja, entrou em pânico. Ele sabia que precisava tomar medidas drásticas para proteger seu negócio da maldição do Corpo Seco Eleitoral. Rapidamente, pegou um punhado de sal grosso e começou a espalhá-lo por todos os cantos do estabelecimento, rezando para afastar qualquer influência maligna.
Apesar de seus esforços, não demorou muito para que o comerciante percebesse que a visita do político zumbi havia surtido efeito. Sua clientela habitual sumiu misteriosamente, deixando-o sozinho com suas mercadorias e suas reflexões sobre o surrealismo das eleições locais.
Enquanto isso, o Corpo Seco Eleitoral continuava sua jornada pelo município, tentando conquistar votos com suas táticas questionáveis e sua aura de desespero eleitoral. Mas, no fundo, todos sabiam que não importava o quanto ele tentasse se reinventar, sua imagem já estava tão manchada quanto sua sepultura rejeitada.
E assim, a lenda do Corpo Seco Eleitoral continuava viva, alimentando os risos e os pesadelos dos moradores de Laranjeiras do Sul.