Laranjeiras do Sul, 31 de Julho de 2024.
Se há uma verdade que nosso povo conhece bem, é o poder revelador dos períodos eleitorais. Quer testar a força de suas amizades? Seja candidato a qualquer cargo e você verá que nem tudo que reluz é ouro e nem todos que te abraçam e te chamam de irmão realmente estão com você.
Homens e mulheres de palavra são raros em períodos eleitorais e pré-eleitorais. Poucos são os que fazem valer sua palavra. Como diria o cantor e compositor Victor Mateus Teixeira, o famoso Teixeirinha, em um trecho de sua música "Querência e Cidade": "Cá na Querência, um fio de bigode fecha um negócio e vale um documento." Poderíamos facilmente adaptar a continuação da música assim: "Já na política, um fio de bigode é coisa à toa que vive ao relento."
Na terrinha, infelizmente, não é diferente. Aliás, há um exemplo gritante de contradição humana, ou como diria o caboclo, da pouca vergonha na cara: um indivíduo que, ora vocifera ferozmente de um lado da política local, no dia seguinte, de forma aparentemente mágica, já está ao lado dos antigos adversários e disparando suas mentiras contra os antigos aliados. Virando uma espécie de piada local, pode até não ser a piada mais antiga, mas com certeza é a mais vendida.
Tanto que, quando se fala no indivíduo e suas rotineiras mudanças de postura, não falta alguém para se referir a ele com um velho dito popular: "Dinheiro na mão, calcinha no chão."