Laranjeiras do Sul, 03 de Janeiro de 2025
A ausência de Berto Silva na cerimônia de posse do prefeito eleito Jaison Mendes, que ocorreu em Laranjeiras do Sul, tem gerado uma série de especulações e críticas. O ex-prefeito, que governou o município por 16 anos, não compareceu para passar a faixa de prefeito a seu sucessor. Esse gesto, ou a falta dele, levanta questões sobre os motivos dessa atitude: seria descaso com a população laranjeirense, recalque pela derrota do seu candidato Valdemir Scarpari, ou simplesmente vergonha por deixar a cidade à beira de um colapso administrativo?
A situação de Laranjeiras do Sul, após varias gestões sob a liderança de Berto Silva, é preocupante. Diversos problemas estruturais e financeiros têm colocado o município em uma situação crítica, com falhas em setores essenciais e uma administração que, ao longo do tempo, demonstrou dificuldades em sanar as necessidades da população.
Problemas na básica, como estradas deterioradas e serviços públicos deficitários, somada ao endividamento do município, coloca Laranjeiras do Sul em um cenário de governabilidade quase ingovernável. E quem é o responsável por essa realidade? Não há como ignorar que, em grande parte, a responsabilidade recai sobre o ex-prefeito e sua gestão prolongada.
Esse contexto sombrio pode ser a razão de sua ausência. Será que Berto Silva não teve coragem de encarar o novo ciclo que se inicia, agora sob a liderança de Jaison Mendes, e a derrota acachapante nas urnas de seu candidato, Valdemir Scarpari? Seria esse um sinal claro de recalque ou uma tentativa de evitar o confronto com uma realidade que ele mesmo ajudou a construir?
Não podemos deixar de lembrar que, em um país democrático, o mínimo que se espera de um ex-prefeito, que já exerceu o cargo por tantas vezes, é a maturidade política para aceitar a derrota. Mesmo que essa derrota seja dolorosa, o respeito à vontade do povo e à democracia deve prevalecer. A ausência de Berto Silva não foi apenas um erro de protocolo, mas um sinal claro de que ele falhou em demonstrar a grandeza que sua trajetória política exigiria neste momento.
Sua falta na cerimônia de posse não passou despercebida. Foi um gesto que falou mais alto do que qualquer palavra. E, se o ex-prefeito tinha alguma esperança de se eximir da responsabilidade pela atual situação do município, essa atitude reforçou ainda mais o sentimento de que Laranjeiras do Sul precisa de uma renovação de atitudes e não apenas de nomes.
O fato é que, no cenário político atual, o que se espera de um líder que deixa o cargo é que ele tenha a humildade e a responsabilidade de dar passagem ao novo governo, com o mínimo de respeito pela democracia e pela população que o elegeu. Se não o fez na cerimônia de posse, resta a pergunta: quando Berto Silva se encontrará capaz de assumir as consequências de sua gestão e dos seus atos?