O caso dos desaparecidos em Icaraíma, no Noroeste do Paraná, ganha novos contornos após a localização dos corpos das vítimas. O advogado Renan Farah, que representa Paulo e Antônio Buscariollo, foragidos sob suspeita de envolvimento no crime, alega que a descoberta dos corpos em propriedade alheia à família Buscariollo reforça a tese de inocência de seus clientes. A defesa espera que a Polícia Civil do Paraná (PCPR) concentre esforços na identificação dos verdadeiros culpados.
Os corpos de Alencar Gonçalves de Souza, Rafael Juliano Marascalchi, Robishley Hirnani de Oliveira e Diego Henrique Afonso foram encontrados enterrados perto da Mata do Tenente, em Icaraíma. A área fica a cerca de 650 metros de onde o veículo das vítimas havia sido localizado, uma semana antes, intensificando as investigações e as especulações sobre o caso.
Em nota, o advogado Renan Farah declarou: “A localização dos corpos, em propriedade de pessoa que não tem qualquer relacionamento com a família Buscariollo, reforça a nossa defesa de negativa de autoria, ou seja, que não tiveram qualquer participação com esses homicídios”. A defesa sustenta que os Buscariollos e seus advogados têm sofrido ameaças, atribuindo a autoria das ameaças aos verdadeiros criminosos.
Farah expressou confiança na capacidade da perícia para elucidar os detalhes do crime. “O corpo fala e a medicina legal será capaz de apontar a causa da morte, se foi por disparo de arma de fogo… o possível número de coautores, o tempo da morte, se houve tortura, cárcere, entre muitas outras evidências”, afirmou o advogado, ressaltando a importância das evidências forenses.
Relembre o caso: Alencar Gonçalves de Souza, acompanhado de Robishley Hirnani de Oliveira, Rafael Juliano Marascalchi e Diego Henrique Afonso, desapareceu após uma viagem para cobrar uma dívida de R$ 250 mil referente à venda de uma propriedade rural. Os Buscariollos, apontados como suspeitos de envolvimento na emboscada, permanecem foragidos, com a defesa alegando que permanecerão escondidos até que os verdadeiros responsáveis sejam presos.
Fonte: http://ric.com.br