Em uma ação deflagrada nesta terça-feira (23), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná (MPPR) prendeu o major da Polícia Militar, Alexandro Marcolino Gomes. A prisão faz parte da Operação Transparência, um desdobramento da Operação Zero Um, que investiga possíveis crimes de corrupção dentro da corporação.
O major Alexandro Marcolino Gomes é suspeito de exigir propina de empresas que mantêm contratos de prestação de serviços com a Polícia Militar. Segundo as investigações, ele usava o cargo para condicionar a assinatura de contratos e concessões de serviços a repasses financeiros. A situação ganhou destaque após relatos de representantes de empresas, que detalharam até dez situações de cobrança de valores por parte do major.
A Justiça também determinou o bloqueio de bens do major, incluindo contas, veículos e imóveis, totalizando mais de R$ 344 mil. Dados do Portal da Transparência revelam que o oficial recebeu remunerações superiores a R$ 329 mil entre dezembro de 2024 e agosto de 2025, com um salário bruto atual de R$ 31.580,75.
De acordo com o Gaeco, o esquema envolvia a cobrança de valores em eventos como o 3º Torneio de Pesca da companhia, onde parte do valor arrecadado com a venda de camisetas era exigida como contribuição. O MPPR já apresentou denúncia formal contra Alexandro Marcolino Gomes, acusando-o dos crimes de corrupção e cobrança de propina.
O major já havia sido preso no início das investigações e posteriormente colocado em prisão domiciliar. Agora, volta a cumprir prisão preventiva. A Polícia Militar do Paraná informou que não irá se manifestar sobre o caso. A apuração segue em andamento para identificar outros possíveis envolvidos no esquema.
Fonte: http://massa.com.br