A oposição na Câmara dos Deputados reagiu à decisão do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), de vetar a indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para a liderança da minoria. Nesta terça-feira, 23, um recurso formal foi protocolado na Mesa Diretora, buscando reverter a medida considerada controversa.
O documento, encabeçado pelo líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante, e pela atual líder da minoria, deputada Caroline de Toni, questiona a competência de Motta para interferir na escolha do líder da minoria. A alegação central é que a decisão ultrapassa os poderes da presidência da Câmara.
“Não vamos aceitar essa decisão do presidente Hugo Motta, de forma unilateral”, declarou Sóstenes Cavalcante, demonstrando a insatisfação da bancada. “Não vamos aceitar pressão externa para impedir o exercício do mandato de Eduardo Bolsonaro. Não deixaremos nenhum de nossos soldados para trás.”
A justificativa oficial de Motta para barrar Eduardo Bolsonaro, divulgada no Diário Oficial da Câmara, é o fato de o deputado residir fora do país. No entanto, parlamentares da oposição levantam suspeitas sobre a influência de pressões externas na decisão.
Segundo os deputados, o posicionamento de Motta estaria ligado a possíveis sanções do governo norte-americano contra a esposa do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Caroline de Toni ecoou a preocupação, afirmando: “Mais uma vez, essa Casa está sendo pressionada por forças externas”, e classificando a situação como uma violação das prerrogativas parlamentares.
Fonte: http://revistaoeste.com