O depoimento de “Careca do INCC” na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) teve um desfecho inesperado. Diante da postura de silêncio adotada pelo investigado, o relator da comissão transformou uma série de 150 perguntas em um robusto documento de acusação, detalhando supostas irregularidades e desvios de recursos no Instituto Nacional de Câncer (INCC).
A estratégia do relator, segundo fontes internas da CPMI, foi fundamentada na análise de documentos e depoimentos anteriores. A recusa de “Careca” em responder aos questionamentos, interpretada como uma tentativa de obstruir as investigações, acabou por fortalecer a tese acusatória.
A imagem que acompanha esta reportagem, por exemplo, ilustra um encontro anterior entre “Careca”, o relator e outro membro da comissão. A fotografia, parte do material probatório, ganha nova relevância diante do silêncio do investigado e da iminente apresentação do relatório final.
Espera-se que o relatório detalhe o modus operandi dos supostos desvios e a participação de cada um dos envolvidos. A expectativa é que o documento sirva de base para futuras ações judiciais, visando responsabilizar os culpados e recuperar os recursos desviados do INCC.
Como afirmou um membro da CPMI sob condição de anonimato: “O silêncio de ‘Careca’ fala mais alto que qualquer palavra. Ele perdeu a oportunidade de se defender e agora enfrentará as consequências de suas ações (ou omissões) perante a lei.”
Fonte: http://diariodopoder.com.br