Em Laranjeiras do Sul, onde todo mundo sabe da vida de todo mundo antes mesmo da própria pessoa, correu nesta semana uma história que virou o assunto da vez: o nosso famoso garanhão representante comercial, aquele que se acha o galã da novela das seis, sofreu um tombo daqueles — e não foi na estrada.
O dito-cujo já vinha, há meses, desfilando pela cidade com ar de conquistador. A cada mesa de bar, fazia questão de avisar que estava sempre em forma, graças a uma dose diária de tadalafila. Dias atrás, apareceu todo felizão contando que tinha comprado um lote promocional em Guarapuava. Abastecido até o ano que vem, segundo ele, estava pronto para qualquer batalha.
Pois bem, o destino resolveu lhe pregar uma peça. A noite gelada de terça-feira trouxe a tão sonhada oportunidade: a loirona, prenda disputada e resistente, finalmente cedeu aos convites do veterano gaudério. Programa de respeito: pizza, vinho e, como não poderia faltar, uma visita ao motel da cidade.
Preparado para fazer história, o garanhão exagerou na confiança e na farmácia: em vez da dose normal, engoliu dois comprimidos e ainda escondeu mais um embaixo da língua. Estava pronto para incendiar a noite. Só esqueceu de combinar com o próprio corpo.
Depois de alguns carinhos e uma sessão animada na banheira, aconteceu o impensável: o passarinho não só não cantou, como pareceu morrer afogado na espuma. Performance nenhuma, moral no chão e a loira, indignada, encerrou o encontro mais cedo.
E assim, em Laranjeiras do Sul, ficou a lição: nem todo estoque garante performance, e nem toda loira gosta de desculpa farmacêutica.
Fonte: Academia.