Em 1993, o São Paulo, sob o comando de Telê Santana, protagonizou um dos momentos mais memoráveis de sua história na Libertadores da América. Após sofrer uma derrota por 2 a 0 para o Newell’s Old Boys na Argentina, o Tricolor Paulista precisava de uma virada improvável no Morumbi para avançar às semifinais. A missão, considerada quase impossível, ganhou contornos épicos com atuações inspiradas de Raí e Cafu.
O Morumbi pulsava com a esperança de seus torcedores, que lotaram o estádio para apoiar o time. O São Paulo, detentor do título mundial, entrou em campo com a responsabilidade de reverter a desvantagem e manter vivo o sonho do bicampeonato. A escalação, que já era sinônimo de talento e qualidade, contava com nomes como Zetti, Raí, Palhinha, Muller e, surpreendentemente, Cafu atuando como atacante.
A partida começou tensa, com o São Paulo buscando o gol a todo custo. Aos poucos, a pressão aumentou e o primeiro gol surgiu de forma inusitada: um chute de Dinho desviou em Raí e enganou o goleiro Scoponi. Pouco depois, Raí, mesmo com a mão lesionada, cobrou uma falta com maestria, revivendo o gol histórico contra o Barcelona e incendiando o Morumbi.
No segundo tempo, o São Paulo manteve a pressão e ampliou a vantagem com mais um gol de Raí, em um chute desviado. Aos 38 minutos, Cafu, em grande fase, tabelou com Palhinha e sacramentou a goleada por 4 a 0, garantindo a classificação para a próxima fase. “Foi uma noite mágica, onde a união do time e o apoio da torcida fizeram a diferença”, relembrou Cafu.
A virada histórica sobre o Newell’s Old Boys impulsionou o São Paulo rumo ao bicampeonato da Libertadores e, posteriormente, ao bicampeonato mundial. A partida se tornou um símbolo da força e da tradição do clube, eternizando os nomes de Raí, Cafu e Telê Santana na memória dos torcedores tricolores.
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