Em um discurso contundente na 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu elevou o tom contra o fundamentalismo islâmico. Ele buscou alertar os líderes mundiais sobre a natureza global da ameaça terrorista. Netanyahu argumentou que a segurança de Israel está intrinsecamente ligada à segurança de outras nações.
Netanyahu foi direto em sua mensagem às nações ocidentais, afirmando: “Vocês sabem, no fundo, que Israel está lutando a luta de vocês”. Ele enfatizou a convergência de objetivos entre grupos como Al Qaeda, Hamas e Hezbollah, juntamente com o regime iraniano, no que descreveu como uma ameaça comum à ordem mundial.
Para ilustrar seu ponto, o primeiro-ministro utilizou recursos visuais impactantes. Uma placa questionava “Quem matou os americanos e europeus com sangue frio?”, listando grupos terroristas como opções. Além disso, Netanyahu apresentou um broche com um QR Code que levava a um site com vídeos do ataque terrorista de 7 de outubro de 2023. A apresentação buscava reforçar a urgência e a realidade brutal do terrorismo.
Netanyahu também destacou o que descreveu como apoio secreto a Israel por parte de líderes internacionais. Segundo ele, muitos chefes de Estado expressam, em particular, gratidão pela inteligência israelense. Ele citou o general George Keegan, ex-chefe da Inteligência da Força Aérea dos EUA, que teria afirmado que os Estados Unidos precisariam criar “cinco CIAs” para igualar o volume de informações compartilhadas por Israel.
O primeiro-ministro concluiu lembrando declarações do chanceler alemão, Friedrich Merz. Em junho passado, Merz teria afirmado que “Israel está fazendo o trabalho sujo por todos nós”, referindo-se a ações israelenses contra instalações nucleares iranianas. O discurso de Netanyahu na ONU gerou reações diversas, com algumas delegações, incluindo a brasileira, se retirando do plenário. Paralelamente, o Exército de Israel transmitiu o discurso em Gaza.
Fonte: http://revistaoeste.com