A deputada federal Luizianne Lins (PT-CE) está no centro de uma polêmica após o sistema da Câmara dos Deputados registrar sua presença em Brasília durante um período em que, supostamente, ela estaria em missão humanitária na Faixa de Gaza. O episódio levanta questionamentos sobre possível quebra de decoro parlamentar e a veracidade das informações prestadas à Casa. A situação gerou burburinho entre os colegas e provocou reações nas redes sociais.
A controvérsia reside no fato de que a presença virtual da deputada foi computada em votações importantes, mesmo com relatos e indícios de que ela se encontrava fora do país. Segundo informações preliminares, a parlamentar teria participado de atividades remotas enquanto alegava estar envolvida em esforços de ajuda humanitária na região do conflito. A assessoria da deputada ainda não se manifestou oficialmente sobre a discrepância.
Especialistas em direito parlamentar apontam que, caso comprovada a irregularidade, a deputada pode enfrentar um processo disciplinar no Conselho de Ética da Câmara. “A presença em votações é um dever fundamental do parlamentar, e qualquer tentativa de burlar o sistema configura uma grave infração”, afirma o advogado especialista em direito eleitoral, Carlos Alberto Silva. A apuração do caso deverá ser conduzida pela corregedoria da Câmara dos Deputados.
A oposição já se manifestou, cobrando explicações e defendendo uma investigação rigorosa. O deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) declarou: “É inadmissível que um parlamentar falte com a verdade e utilize subterfúgios para justificar sua ausência. Esperamos que a Câmara tome as medidas cabíveis para esclarecer essa situação”. A presidência da Câmara ainda não se pronunciou sobre o caso.
Fonte: http://diariodopoder.com.br