Horas após a assinatura de um controverso acordo de paz, o Hamas realizou execuções públicas em massa na Faixa de Gaza, segundo relatos e vídeos verificados por agências internacionais. O ato, que chocou a comunidade internacional, levanta sérias questões sobre a estabilidade e o futuro do acordo recém-firmado.
As imagens, que circulam nas redes sociais, mostram oito homens amordaçados e com os olhos vendados sendo executados sumariamente em uma rua movimentada de Gaza. Testemunhas relataram que os homens foram espancados antes da execução, e que uma multidão assistiu e, em alguns casos, aplaudiu o ato brutal.
O Hamas justificou as execuções alegando que as vítimas eram “criminosos e colaboradores de Israel”, mas não apresentou nenhuma evidência para comprovar as acusações, segundo a BBC. Entre os mortos estaria Ahmad Zidan al-Tarabin, acusado de recrutar agentes para uma milícia rival, de acordo com o portal israelense Ynet News.
A escalada da violência não se limitou às execuções. No domingo, antes da assinatura do acordo, confrontos entre o Hamas e o clã Dagmoush resultaram na morte de 52 membros do clã e 12 militantes do Hamas, incluindo um filho de um alto funcionário do grupo, Bassem Naim. Relatos indicam que o Hamas utilizou ambulâncias para atacar o bairro controlado pelo clã, acusado de colaboração com Israel.
“É um massacre. Eles estão arrastando pessoas, crianças estão gritando e morrendo, estão queimando nossas casas. O que fizemos de errado?”, relatou a filha de um membro do clã ao Ynet News, descrevendo a brutalidade dos confrontos. A onda de violência lança uma sombra de dúvida sobre a capacidade do Hamas de manter a ordem e a segurança em Gaza, mesmo após a assinatura do acordo de paz.
Fonte: http://vistapatria.com.br