PGR pede ao STF condenação de núcleo acusado de ‘guerra informacional’ para golpe

O Procurador-Geral da República (PGR), Paulo Gonet, solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a condenação dos sete réus que integram o núcleo 4, acusados de participação em uma suposta tentativa de golpe de Estado. A ação teria como objetivo impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante sua apresentação, Gonet detalhou a denúncia, concentrando-se na alegação de que o grupo promoveu uma intensa “guerra informacional”.

Segundo o PGR, os acusados se dedicaram a disseminar informações falsas, buscando convencer a população de que a estrutura democrática estaria agindo contra seus interesses. “Foram os integrantes deste núcleo, agora em julgamento, que se dedicaram a fabricar e a disseminar narrativas falseadas, no intuito de incutir na população a convicção de que a estrutura democrática estava se voltando, sordidamente, contra o povo”, afirmou Gonet durante a sessão.

Gonet também alegou que a chamada “guerra informacional” foi conduzida de dentro do governo, com a utilização de uma “Abin paralela”. Esta estrutura, segundo a denúncia, teria usado a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar opositores políticos e fornecer material para disseminadores de notícias falsas. Os alvos iniciais seriam o sistema eleitoral e, posteriormente, autoridades que não aderiram aos supostos planos golpistas, incluindo ex-comandantes do Exército e da Aeronáutica.

Adicionalmente, a PGR acusa alguns dos réus de produzirem um relatório falso com informações técnicas inverídicas sobre as urnas eletrônicas. O julgamento da ação referente ao núcleo 4 teve início nesta terça-feira na Primeira Turma do STF, marcando um passo importante na apuração dos eventos relacionados à tentativa de golpe.

Fazem parte do núcleo 4: Ailton Gonçalves Moraes Barros (major da reserva do Exército), Ângelo Martins Denicoli (major da reserva do Exército), Giancarlo Gomes Rodrigues (subtenente do Exército), Guilherme Marques de Almeida (tenente-coronel do Exército), Reginaldo Vieira de Abreu (coronel do Exército), Marcelo Araújo Bormevet (policial federal) e Carlos Cesar Moretzsohn Rocha (presidente do Instituto Voto Legal).

Fonte: http://vistapatria.com.br

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