O Atlético Mineiro e sua Sociedade Anônima do Futebol (SAF) estão no centro de uma investigação conduzida pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP). A apuração visa esclarecer uma possível conexão entre um aporte financeiro à SAF e a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
O foco da investigação recai sobre um investimento do banqueiro Daniel Vorcaro, proprietário do Banco Master, que busca adquirir ações da Galo Holding. As autoridades suspeitam que o aporte possa estar ligado a crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio da organização criminosa.
Diante das acusações, o Atlético Mineiro se manifestou por meio de nota oficial, defendendo a legalidade do fundo de investimento Galo Forte Fundo. “O Galo Forte Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia é um veículo de investimento devidamente constituído e regular perante a Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”), sob administração da Trustee Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários LTDA”, afirmou o clube.
A nota prossegue, ressaltando que a Trustee Distribuidora também está devidamente registrada na CVM. O clube alega desconhecer quaisquer irregularidades no contexto do fundo como acionista da Galo Holding S.A.
Daniel Vorcaro, figura central nesta investigação, é um empresário conhecido por seus investimentos em diversos setores da economia brasileira, incluindo saúde, varejo, tecnologia e, notavelmente, o futebol. Entre 2023 e 2024, Vorcaro investiu cerca de R$ 300 milhões na SAF do Atlético Mineiro, tornando-se o segundo maior acionista, com 20,2% das ações, atrás apenas de Rubens e Rafael Menin.
A reportagem do Portal iG buscou contato com a defesa de Daniel Vorcaro para obter um posicionamento sobre a investigação, porém, não obteve resposta até o momento da publicação.
Fonte: http://esporte.ig.com.br
