Milhares de pessoas saíram às ruas nos Estados Unidos e em algumas capitais estrangeiras no sábado (18), em uma demonstração massiva de descontentamento contra o ex-presidente Donald Trump. Os protestos, batizados de “No Kings” (Sem Reis), reuniram multidões expressivas em mais de 2.600 locais, refletindo uma crescente preocupação com o que os manifestantes consideram ações antidemocráticas e tendências autocráticas por parte de Trump.
Inspirados em manifestações anteriores realizadas em junho, os participantes buscavam expressar sua frustração com as políticas do governo Trump. Entre as principais críticas, destacam-se os processos criminais movidos contra opositores políticos, as operações de imigração em larga escala e o envio de tropas federais para diversas cidades americanas. A magnitude dos protestos demonstra a polarização da opinião pública em relação ao ex-presidente.
Em Washington, D.C., manifestantes tomaram as ruas em direção ao Capitólio, entoando cânticos e exibindo cartazes, bandeiras americanas e balões. Alguns manifestantes, vestidos com trajes listrados em alusão a uniformes de prisão e portando caricaturas de Trump e outras figuras proeminentes, pediam um novo impeachment, reforçando o tom de crítica e oposição.
“Não há nada mais americano do que dizer: ‘Não temos reis’ e exercer nosso direito de protestar pacificamente”, afirmou Leah Greenberg, cofundadora da Indivisible, organização progressista que liderou a organização das marchas. Cidades como Nova York, Boston, Chicago e Atlanta também registraram grandes concentrações de manifestantes, evidenciando a abrangência do movimento.
Trump minimizou os protestos, abordando o tema em uma entrevista à Fox Business na sexta-feira, onde afirmou: “Eles estão se referindo a mim como um rei – eu não sou um rei”. A American Civil Liberties Union (ACLU) ofereceu treinamento jurídico a milhares de pessoas para atuarem como observadores nas manifestações, visando garantir a segurança e a legalidade dos protestos. A onda de manifestações sinaliza um momento de intensa mobilização política e debate sobre o futuro da democracia nos Estados Unidos.
Fonte: http://ric.com.br