A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu seis pessoas durante uma operação contra um esquema de comercialização ilegal de anabolizantes e de medicamentos falsificados de origem estrangeira, além de lavagem de dinheiro. A ação aconteceu na manhã desta quinta-feira (23), em Maringá, no Noroeste do Estado, e visou atingir o núcleo financeiro do esquema para desarticular suas operações ilegais.
Além das seis prisões, os policiais civis cumpriram seis mandados de busca e apreensão e sete de sequestro de veículos de luxo avaliados em cerca de R$ 1,5 milhão, além de bloqueios de contas bancárias. A ação contou com a atuação de cães de faro da PCPR para a localização de ilícitos.
Na residência do líder do esquema, os policiais encontraram um bunker ocultado atrás de um armário. No espaço, eram armazenados medicamentos falsificados, anabolizantes, emagrecedores e substâncias abortivas, uma arma de fogo e US$ 5,5 mil em espécie. Em outros endereços, os policiais localizaram US$ 8 mil e R$ 70 mil em dinheiro e mais anabolizantes.
“Tivemos como foco a estrutura patrimonial do grupo criminoso para interromper o fluxo de recursos e enfraquecer sua capacidade operacional. A repressão qualificada é essencial para combater o crime organizado de forma eficaz”, afirma o delegado da PCPR Leandro Roque Munin, responsável pelas investigações.
As investigações tiveram início em junho deste ano, quando funcionários dos Correios suspeitaram da licitude de algumas encomendas despachadas e acionaram a PCPR. Nos pacotes, os policiais civis localizaram anabolizantes e medicamentos irregulares ocultados dentro de eletrodomésticos. A apuração que se seguiu identificou que a logística de envio interestadual envolvia o uso de remetentes falsos e disfarce dos produtos em objetos como chaleiras elétricas e panelas de pressão.
Inicialmente, a PCPR identificou um casal responsável pelas duas primeiras remessas. Posteriormente, um terceiro pacote foi localizado e levou à identificação de mais um envolvido. “Fizemos uma investigação financeira e verificamos que as movimentações bancárias entre estes três suspeitos ultrapassou R$ 5 milhões no período de um ano”, explica.
A investigação também chegou a familiares dos primeiros suspeitos. Estes participavam por meio do empréstimo de contas bancárias para a movimentação de valores. Além disso, a organização criminosa possuía estrutura bem definida e utilizava empresas de fachada, contas de passagem e técnicas avançadas de dissimulação patrimonial.
Com a operação desta quinta-feira, a PCPR visou recolher mais elementos de prova sobre a atividade criminosa para prosseguir com as investigações objetivando identificar outros possíveis envolvidos, rastrear a origem dos recursos e ampliar a responsabilização criminal.
Os presos foram encaminhados ao sistema penitenciário.
Fonte:Polícia Civil do Paraná