O Paraná registrou superávit na balança comercial em cinco dos últimos seis anos, segundo levantamento do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior do governo federal. O resultado repete o desempenho acumulado entre 2010 e 2018, quando o estado obteve cinco saldos positivos e quatro déficits consecutivos entre 2011 e 2014.

De janeiro a setembro de 2025, as exportações paranaenses somaram US$ 17,7 bilhões, enquanto as importações atingiram US$ 15,6 bilhões, gerando saldo favorável de aproximadamente US$ 2,1 bilhões. A tendência, segundo o Ipardes, é de manutenção desse panorama até o fim do ano, impulsionado pelo agronegócio e pela indústria de transformação.

Em 2019, o saldo registrado foi de pouco menos de US$ 2 bilhões, fruto de US$ 16,4 bilhões arrecadados em exportações e US$ 14,4 bilhões em importações, principalmente de fertilizantes para o agronegócio, uma tendência estadual. A economia paranaense mostrou resiliência em 2020, primeiro ano da pandemia de Covid-19, quando a diferença entre as exportações (US$ 16,2 bilhões) e importações (US$ 11,8 bilhões) resultaram em um superávit de US$ 4,3 bilhões.

A partir de 2021 os montantes envolvidos no comércio paranaense com o mercado internacional cresceram bastante, mesmo ainda em meio ao estado de emergência em saúde pública. Naquela oportunidade, os valores em exportações subiram para US$ 19 bilhões – quase US$ 3 bilhões a mais do que nos dois anos anteriores. Como as importações também subiram, alcançando US$ 16,9 bilhões, o saldo acabou ficando em US$ 2 bilhões.

Entre os principais produtos embarcados estão soja, carnes congeladas, farelo de soja e automóveis, com destaque para os mercados da China, Estados Unidos e Argentina. Do lado das importações, os itens de maior peso são fertilizantes, peças automotivas e produtos químicos. A projeção do instituto indica que o estado deve encerrar 2025 com aumento de 4% nas exportações em relação ao ano anterior, acompanhando o crescimento da demanda internacional por commodities agrícolas.

O bom desempenho teve um hiato em 2022. Por causa da guerra na Ucrânia, houve aumento dos preços em dólar dos insumos para a agricultura. As exportações, no entanto, continuaram em ascendência e somaram US$ 22,1 bilhões. As importações foram de US$ 22,4 bilhões.

A economia paranaense voltou a ter superávit em 2023, após estabilidade dos preços dos fertilizantes. Com força em diversos segmentos, o Paraná teve nesse ano seu melhor desempenho em exportações dentro do período analisado, com US$ 25,2 bilhões. Houve uma combinação perfeita de grande safra agrícola com bons preços internacionais. Com US$ 18,1 bilhões registrados nas importações, o saldo favorável bateu em US$ 7,1 bilhões.

A tendência se manteve no ano passado. As saídas internacionais movimentaram US$ 23,3 bilhões, enquanto as entradas ficaram no patamar de US$ 19,6 bilhões. O resultado positivo para as empresas paranaenses foi de US$ 3,7 bilhões.

EM 2025 – Para 2025, as exportações do Paraná vêm passando por um processo de desconcentração de mercados internacionais. Até setembro, os produtos do Estado já chegaram a 209 destinos diferentes. Se por um lado, Estados Unidos e China apresentaram redução na participação desse comércio, países como Argentina, Índia e Irã, por exemplo, cresceram como parceiros paranaenses.

Os principais produtos exportados pelo Paraná seguem sendo a soja em grão e a carne de frango “in natura”, únicos que alcançam os dois dígitos no porcentual de participação da balança comercial. A soja representou 26,9% de tudo que foi vendido em 2024. Neste ano, em nove meses, essa parcela caiu um pouco, para 20,9% do total. A carne de frango, por sua vez, era responsável por 15,7% dos negócios no ano passado, passando para 14,8% em 2025, entre janeiro e setembro.

A economia paranaense observa ainda o aumento expressivo na participação nas exportações de diversos itens. É o caso dos cereais, que foram de 1,7% em 2024 para 3,5% em 2025. O valor já é 95,9% maior, mesmo faltando três meses ainda para fechar a conta. Os automóveis também ganharam espaço nas vendas internacionais, passando de uma fatia de 2,1% no total de exportações no ano passado, para os atuais 3,7%, em uma elevação de 69,6%.

A participação da carne suína “in natura” e do óleo de soja bruto subiu pouco mais de 50% entre os dois anos – ambos têm uma fatia de 2,4% do mercado de exportações do Paraná nesses primeiros meses de 2025. 

PAÍSES – Entre 2019 e 2025 a produção paranaense também alcançou novos mercados. No primeiro semestre de 2025, os produtos paranaenses desembarcaram em 206 mercados diferentes, dos tradicionais, como Estados Unidos, Argentina, Alemanha e China, a lugares como Moldávia, Gibraltar, Vanuatu, Laos, Madagascar, Palau, São Vicente e Granadinas, Camarões e Belize. Em 2019, no mesmo período, eram 196 mercados.

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Fonte:Blog do Tupan

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