Edgar Alves de Andrade, conhecido como “Doca” ou “Urso”, apontado como uma das principais lideranças do Comando Vermelho (CV) no Rio de Janeiro, foi preso nesta terça-feira (28). A ação da Polícia Civil também resultou na prisão de Thiago do Nascimento Mendes, o “Belão do Quintungo”, outro nome forte da facção.
A megaoperação na capital fluminense foi marcada por intensa troca de tiros e um alto número de baixas. Segundo informações oficiais, dois policiais civis e 18 criminosos morreram no confronto, enquanto outros 79 suspeitos foram detidos.
De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), Doca exercia forte influência no Complexo da Penha e em outras comunidades da Zona Oeste, incluindo Gardênia Azul, César Maia e Juramento. Ele é considerado um dos criminosos mais procurados do estado, com um histórico de violência que inclui acusações gravíssimas.
“Doca é a principal liderança do Comando Vermelho no Complexo da Penha”, afirma o MPRJ, destacando a sua importância na estrutura da organização criminosa. O criminoso enfrenta diversas denúncias, incluindo uma do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) que o acusa, juntamente com outras 66 pessoas, por associação para o tráfico.
Além disso, Doca é investigado por mais de 100 homicídios, alguns com requintes de crueldade. Entre os crimes atribuídos a ele, destacam-se execuções de crianças e desaparecimentos de moradores, o que o coloca como um dos alvos prioritários das forças de segurança.
O líder do CV também é apontado como o mandante da execução de três médicos na Zona Sudoeste do Rio em outubro de 2023. Na ocasião, as vítimas foram mortas por engano, após um dos médicos ter sido confundido com o verdadeiro alvo dos criminosos. O caso gerou grande repercussão e indignação na sociedade.
Em outro episódio de violência, o MPRJ denunciou Doca e outros dois criminosos pelo ataque a uma delegacia em Duque de Caxias. A invasão, ocorrida em fevereiro, tinha como objetivo resgatar Rodolfo Manhães Viana, o Rato, preso horas antes por tráfico e associação para o tráfico.
Armados com fuzis e granadas, os criminosos invadiram a delegacia, feriram dois agentes e torturaram um deles em busca de informações sobre o paradeiro de Rato, que já havia sido transferido. Doca e seus comparsas respondem por tentativa de homicídio qualificado, dano qualificado, tortura e associação para o tráfico. A prisão de Doca representa um duro golpe para o Comando Vermelho e um importante passo para a segurança pública no Rio de Janeiro.
Fonte: http://vistapatria.com.br