O meio-campista Lucas Paquetá, do West Ham, recebeu uma advertência da Federação Inglesa de Futebol (FA) por não cooperar plenamente com a investigação sobre seu suposto envolvimento em um esquema de apostas esportivas. A decisão, divulgada nesta sexta-feira (31), livra o jogador de uma suspensão e de multa financeira, representando um alívio em meio à polêmica. As acusações mais graves, relacionadas à manipulação de resultados, foram consideradas improcedentes pela comissão regulatória independente.
Paquetá foi penalizado por adotar uma postura de silêncio, respondendo com “sem comentários” à maioria das perguntas em dois interrogatórios realizados pela FA em setembro e novembro de 2023. Essa estratégia foi orientada por seu advogado, visando proteger seus interesses durante a investigação. A atitude, no entanto, foi vista como uma obstrução ao processo.
Apesar da falta de cooperação inicial, a comissão da FA considerou circunstâncias atenuantes que justificaram a sanção branda. Entre os fatores ponderados, destacam-se o conhecimento limitado de inglês de Paquetá, sua posterior colaboração através de uma declaração por escrito, a entrega voluntária de seus telefones celulares e um histórico disciplinar exemplar.
A FA também levou em consideração as perdas financeiras e de imagem sofridas por Paquetá em decorrência do processo. Uma transferência para o Manchester City, que estava em negociação, foi cancelada devido à investigação. Além disso, os custos legais do jogador atingiram valores significativos.
Em um gesto considerado incomum, a comissão determinou que a FA arcará com 90% dos custos do processo, enquanto Paquetá arcará com os 10% restantes. A decisão reflete o reconhecimento de que a maior parte das despesas estava relacionada às acusações de manipulação, que não foram comprovadas. O caso, no entanto, serve de alerta sobre a importância da cooperação em investigações.
Fonte: http://esporte.ig.com.br
