A Polícia Civil do Rio de Janeiro lançou uma nova luz sobre a polêmica remoção de corpos após a megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão. O secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, anunciou que os veículos utilizados para transportar os corpos até a Praça da Paz, na Penha, haviam sido roubados. A revelação adiciona uma camada de complexidade à investigação em curso.
De acordo com Curi, a descoberta levanta sérias questões sobre as intenções por trás da remoção dos corpos. “A quem interessa remover os corpos, retirar aquelas roupas táticas que eles estavam usando, coletes, coturnos e só deixá-los de cueca no meio da rua pra chamar atenção?”, questionou o secretário durante coletiva. A polícia agora investiga se a ação teve como objetivo descredibilizar a operação policial.
A remoção dos corpos da mata, segundo a polícia, configura fraude processual. Os responsáveis pela ação podem ser indiciados, enquanto a corporação apura se traficantes ordenaram a remoção para dificultar a análise da dinâmica das mortes. “A polícia acredita que os cadáveres tenham sido removidos para alterar provas, como vestimentas e localização das vítimas”, explicou Curi.
As imagens dos corpos acumulados na praça geraram repercussão nacional e internacional, levantando suspeitas de remoção indevida de cadáveres. A operação nos complexos resultou em 121 mortos, incluindo quatro policiais. O Ministério Público do Rio acompanha o caso e designou uma equipe para atuar no Instituto Médico Legal (IML), onde os corpos estão sendo identificados.
A Polícia Civil está analisando imagens de câmeras de segurança e de celulares para identificar quem conduziu os veículos roubados até o local. “Imagens de câmeras de segurança e de celulares estão sendo analisadas para identificar quem conduziu os veículos até o local”, afirmou Curi. A investigação busca esclarecer todos os aspectos desse controverso episódio.
Fonte: http://vistapatria.com.br
