Em meio a tensões com os EUA, Rússia confirma laços com Maduro e cita acordos estratégicos

O Kremlin confirmou, neste domingo, que mantém contato com o governo de Nicolás Maduro na Venezuela. A declaração surge em um momento de crescente tensão internacional, marcado por manobras militares dos Estados Unidos no Caribe e no Pacífico, nas proximidades da costa venezuelana. A Rússia, por sua vez, reforça seus laços com Caracas, reacendendo o debate sobre o futuro da relação entre os países.

Dmitry Peskov, porta-voz do governo russo, respondeu a uma pergunta da agência estatal TASS sobre um possível pedido de ajuda de Maduro ao presidente Vladimir Putin. “Estamos em contato com nossos amigos da Venezuela”, afirmou Peskov, sem detalhar a natureza do contato ou o conteúdo de um eventual pedido de apoio. O porta-voz ressaltou, no entanto, a existência de “diversas obrigações contratuais” entre os dois países.

Em maio, Rússia e Venezuela firmaram um acordo de parceria estratégica que aprofunda a cooperação em áreas como energia, mineração, transporte, comunicações, segurança e combate ao terrorismo. Maduro, em seu programa semanal “Con Maduro+”, destacou a importância do acordo: “A aliança histórica e estratégica que o presidente Putin assinou, e que eu também assinei aqui na Venezuela, é para a paz, é para o desenvolvimento.” O líder venezuelano enfatizou que o pacto não se limita à teoria, mas se traduz em ações concretas.

A Venezuela é um importante comprador de armamentos russos há quase duas décadas e possui um dos sistemas de defesa aérea mais avançados da América Latina. Nicolás Maduro já afirmou que o país dispõe de 5.000 mísseis portáteis de curto alcance Igla-S, de fabricação russa, posicionados em pontos estratégicos para garantir a defesa antiaérea. Além disso, a força aérea venezuelana conta com caças bimotores Sukhoi Su-30MK2, considerados aeronaves de combate de grande poder.

Enquanto isso, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou em entrevista à CBS que acredita que os dias de Nicolás Maduro no poder estão contados. No entanto, Trump minimizou a possibilidade de uma intervenção militar dos EUA na Venezuela, apesar do envio de navios e tropas militares ao Caribe. Questionado sobre se os dias de Maduro como líder do país estavam contados, Trump respondeu: “Eu diria que sim. Acredito que sim.”

Fonte: http://vistapatria.com.br

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