Um estudo em andamento da Comissão Nacional da Biodiversidade (Conabio), vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, classificou a tilápia como espécie invasora, gerando grande preocupação entre piscicultores de todo o Brasil. O possível impacto na produção nacional, especialmente no Paraná, maior produtor de tilápia do país, tem mobilizado o setor e autoridades.
A inclusão da tilápia na Lista Nacional de Espécies Exóticas Invasoras da Conabio pode afetar investimentos e a produção de proteína animal em larga escala. O deputado estadual Reichembach (PSD) manifestou sua discordância na Assembleia Legislativa do Paraná, defendendo a continuidade da criação do peixe no país. “A tilápia não é um peixe invasor, está há muitos anos no Brasil”, afirmou o parlamentar, ressaltando o impacto negativo que a medida pode ter em empregos e na segurança alimentar.
O secretário de Agricultura do Paraná, Márcio Nunes, também se posicionou contra a medida, classificando-a como um “equívoco do Governo Federal”. A apreensão no setor é palpável, considerando que o Paraná produziu 250 mil toneladas de tilápia em 2024, consolidando sua posição de liderança no mercado nacional.
Em resposta às preocupações, o Governo Federal declarou que a inclusão da tilápia na lista está sendo amplamente debatida, com foco na prevenção e detecção de novas invasões biológicas. A questão deve ser retomada na próxima reunião da Conabio, agendada para janeiro, mantendo o setor em estado de alerta.
A tilapicultura representa um pilar fundamental da piscicultura brasileira, impulsionando o país ao posto de quarto maior produtor mundial. Com um consumo crescente de pescado no Brasil, a tilápia se destaca como a principal espécie, respondendo por 68,36% da produção total, segundo dados da Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR).
Fonte: http://www.assembleia.pr.leg.br
            
            
            