O Palácio do Planalto impôs sigilo sobre os gastos referentes à hospedagem e transporte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da primeira-dama Janja em Belém, durante agendas preparatórias para a COP30. A medida de classificar informações sobre o aluguel de um barco de luxo, utilizado pelo casal, como confidenciais gerou debates sobre a coerência com o discurso de campanha do presidente.
De acordo com informações divulgadas, a diária do barco, que possui estrutura comparável à de um hotel de luxo com três pavimentos, custa R$ 2.647 por pessoa. O governo federal justificou o sigilo, estendendo-o até o final do mandato, sem detalhar o valor total do contrato ou a composição completa da comitiva presidencial a bordo. Essa decisão impede o acesso público a informações detalhadas sobre o uso de recursos públicos.
O iate em questão, denominado Iana 3, está ancorado na Base Naval de Val-de-Cans e foi alugado de uma empresa sediada em Manaus. A embarcação oferece serviços e comodidades típicas de um hotel cinco estrelas. A administração pública, contudo, não apresentou detalhes adicionais sobre o consumo de combustível da embarcação ou os luxos oferecidos aos ocupantes, limitando-se a informar o custo individual da diária.
A decisão do governo de manter o contrato sob sigilo contrasta com as promessas de transparência feitas por Lula durante a campanha eleitoral, quando criticou a postura da gestão anterior em relação ao acesso a informações públicas. Essa medida levanta questionamentos sobre a consistência entre o discurso e a prática, especialmente em relação ao uso de recursos públicos.
A postura do governo gerou críticas e reacendeu o debate sobre a necessidade de transparência na administração pública, especialmente no que se refere aos gastos com viagens e hospedagens presidenciais. Resta saber se o governo reconsiderará a decisão de manter o sigilo sobre esses gastos, em nome da transparência e do compromisso com a prestação de contas à sociedade.
Fonte: http://vistapatria.com.br
