Religioso já foi alvo de denúncias e investigações que acabaram arquivadas
Durante uma missa em Fortaleza (CE), o padre Júlio Lancellotti, frequentemente lembrado por seu ativismo social e também por polêmicas, deixou de lado o caráter religioso da celebração para conduzir um ato de protesto.
Da Capela São José Operário, no bairro Bonsucesso, ecoaram gritos de “Sem anistia!” e “Palestina livre!”, enquanto o padre comemorava a queda da chamada PEC das Prerrogativas — apelidada de “PEC da Blindagem” por críticos —, que exigiria aval prévio do Congresso para investigações contra parlamentares.
“Essa é a força do povo, esse é o amor de Deus, que faz o povo se mobilizar e derrubar a PEC da Blindagem!”, declarou, em tom inflamado, diante dos fiéis.
Lancellotti estava na capital cearense desde o dia 25, onde participou de um seminário do Conselho Nacional de Justiça sobre políticas para pessoas em situação de rua, visitou um centro de acolhimento e ainda marcou presença em evento sindical.
O religioso, no entanto, carrega em sua trajetória não apenas notoriedade, mas também episódios controversos. Ao longo dos anos, foi alvo de diferentes acusações — muitas delas comprovadamente falsas ou associadas a tentativas de extorsão. Em 2007, por exemplo, chegou a ser denunciado por um ex-interno da Febem e sua esposa por abuso sexual, caso que acabou não se sustentando.