Uma adolescente de 14 anos faleceu no México após ser submetida a uma série de procedimentos estéticos, incluindo implante de silicone, lifting de glúteos e lipoaspiração. As cirurgias foram realizadas como um presente antecipado de 15 anos, oferecido pelo padrasto da jovem, o médico Víctor Manuel Rosales Galindo. O caso levanta sérias questões éticas e legais sobre a realização de procedimentos invasivos em menores de idade.
O atestado de óbito da adolescente, identificada como Paloma Nicole Arellano Escobedo, mencionava apenas “doença respiratória” como causa da morte, gerando suspeitas. A mãe e o padrasto da jovem enfrentam acusações de omissão de cuidados, falsificação de documentos e fraude. A licença médica de Rosales Galindo foi suspensa, e o hospital onde as cirurgias foram realizadas iniciou uma investigação interna.
O pai da adolescente, Carlos Arellano, alega não ter sido informado sobre as cirurgias plásticas realizadas em sua filha. “Eu não sabia de nada. Fui pego de surpresa”, disse Arellano em entrevista. Ele só descobriu sobre o implante de silicone no velório, quando notou uma mudança na aparência da filha e decidiu investigar.
Durante a cirurgia, Paloma sofreu diversas complicações, incluindo uma parada cardiorrespiratória e inflamação cerebral, o que a levou a ser colocada em coma induzido. Antes de falecer, a adolescente permaneceu internada por uma semana. A mãe da jovem, no entanto, teria mentido para o pai, afirmando que Paloma havia contraído Covid-19.
As autoridades mexicanas estão investigando o caso para determinar as responsabilidades e as circunstâncias que levaram à morte da adolescente. A tragédia reacende o debate sobre os riscos da cirurgia plástica em jovens e a importância do consentimento informado dos pais ou responsáveis.
Fonte: http://ric.com.br