A Corregedoria da Câmara dos Deputados recomendou a suspensão dos mandatos de Zé Trovão (PL-SC) e Marcel van Hattem (Novo-RS) por 30 dias, gerando uma onda de reações no cenário político. A medida, que agora aguarda a decisão do Conselho de Ética, acende o debate sobre os limites da atuação parlamentar e a liberdade de expressão. A polêmica promete novos capítulos nas próximas semanas.
Zé Trovão minimizou a punição, declarando em suas redes sociais que “30 dias não são nada”. O deputado afirmou que a suspensão decorre de sua participação em manifestação favorável à anistia e que repetiria o ato. Sua postura desafiadora evidencia a tensão entre o poder legislativo e os órgãos de controle.
Marcel van Hattem classificou a recomendação como “perseguição contra a direita”, defendendo que a obstrução é um instrumento legítimo e amparado pela imunidade parlamentar. A defesa da anistia humanitária e o fim do foro privilegiado foram citados como as motivações por trás da suposta perseguição.
Apesar da recomendação da Corregedoria, a palavra final sobre a suspensão dos mandatos caberá ao Conselho de Ética. O mesmo relatório sugere uma punição ainda mais severa para Marcos Pollon (PL-MS), com um afastamento de 90 dias, devido a declarações consideradas difamatórias contra a presidência da Casa.
Além das suspensões, outros deputados, como Bia Kicis (PL-DF), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Caroline de Toni (PL-SC), podem receber advertências por escrito. O caso demonstra a crescente pressão sobre a conduta dos parlamentares e a busca por maior rigor na aplicação das normas internas da Câmara.
Fonte: http://revistaoeste.com