Um novo estudo da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP) lança um alerta preocupante sobre o futuro da pecuária brasileira. A pesquisa aponta para um impacto severo das mudanças climáticas, com projeções de aumento de até 68% na taxa respiratória de ruminantes até o final do século.
Esse aumento drástico na taxa respiratória dos animais é um indicativo direto do estresse térmico ao qual eles serão submetidos. Temperaturas mais altas e maior umidade forçarão os rebanhos a um esforço fisiológico maior para manter a temperatura corporal, impactando diretamente na produtividade e bem-estar animal.
A pesquisa da Esalq-USP demonstra a urgência de medidas de adaptação e mitigação no setor agropecuário. Estratégias como melhoramento genético para animais mais resistentes ao calor, sistemas de sombreamento e manejo adequado da pastagem são cruciais para garantir a sustentabilidade da produção de carne e leite frente às mudanças climáticas.
“O cenário apresentado exige uma resposta coordenada entre produtores, pesquisadores e governo”, afirma um dos autores do estudo. “A implementação de práticas sustentáveis e o investimento em tecnologias inovadoras são fundamentais para proteger os rebanhos e assegurar a segurança alimentar no futuro.”
Em resumo, o estudo da Esalq-USP serve como um chamado à ação. As mudanças climáticas representam um desafio real e iminente para a pecuária, e a adaptação é a chave para garantir a resiliência e a continuidade da produção no setor.
Fonte: http://www.comprerural.com