Um escândalo abala a cidade de Irati, no Paraná. Hélio de Mello (PL), ex-vereador e professor, foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) por uma série de crimes sexuais contra crianças e adolescentes. A gravidade das acusações chocou a comunidade local e levanta sérias questões sobre a segurança nas escolas.
As denúncias apontam para pelo menos 12 vítimas, com idades entre 11 e 17 anos. Hélio de Mello, que também lecionava em uma escola estadual da zona rural, é agora considerado foragido da Justiça. Um mandado de prisão preventiva foi emitido, intensificando as buscas pelo ex-parlamentar.
De acordo com o MP-PR, Hélio de Mello responderá por crimes hediondos, incluindo estupro de vulnerável e assédio sexual. A denúncia também aponta para favorecimento da prostituição e exploração sexual de crianças e adolescentes, crimes que revoltam e exigem punição exemplar.
As investigações revelaram que os abusos ocorriam desde 2017, tanto dentro da escola quanto em outros locais. A força-tarefa, formada pelo Conselho Tutelar e Polícia Civil, colheu depoimentos chocantes de vítimas, ex-alunos e funcionários, além de reunir provas digitais que incriminam o ex-vereador.
Os relatos descrevem toques indevidos, envio de mensagens de cunho sexual e até ofertas de dinheiro em troca de material pornográfico. A dimensão dos crimes e a vulnerabilidade das vítimas tornam este caso um dos mais perturbadores da região.
A Justiça já havia determinado o afastamento de Hélio de Mello do cargo de professor em agosto de 2025, impondo medidas cautelares para proteger as vítimas. Diante de três pedidos de cassação, ele renunciou ao cargo de vereador, que ocupava há duas décadas.
Além do ex-vereador, sua irmã, que atuava como diretora da escola, também foi denunciada pelo MP-PR. Ela é acusada de prevaricação e omissão, por supostamente ignorar as denúncias de assédio e exploração sexual. A responsabilidade de proteger os alunos recaía sobre ela, e a acusação de omissão é extremamente grave.
Até o momento, Hélio de Mello permanece foragido. A defesa do acusado ainda não se manifestou sobre o caso. A Secretaria de Educação do Paraná confirmou o afastamento definitivo do servidor, reiterando o compromisso com a segurança dos alunos.
Fonte: http://massa.com.br