Crise em Fazenda Rio Grande: Vice-Prefeito Assume Interinamente Após Prisão do Prefeito por Desvio Milionário na Saúde

Fazenda Rio Grande enfrenta uma reviravolta política com a iminente posse do vice-prefeito Serjão (PP) no cargo de prefeito interino. A mudança ocorre após a prisão do atual prefeito, Marco Marcondes (PSD), na Operação Fake Care, deflagrada pelo Ministério Público do Paraná (MPPR) na última quinta-feira (9). A operação investiga um suposto esquema de desvio de milhões de reais da área da saúde do município.

A Operação Fake Care resultou também na prisão de outros envolvidos, incluindo o secretário municipal da Saúde, Francisco Roberto Barbosa, os sócios da AGP Saúde, Samuel Antonio da Silva Nunes e Abrilino Fernandes Gomes, e o auditor do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR), Alberto Martins de Faria. Todos são suspeitos de participação no esquema fraudulento.

Enquanto aguarda a notificação oficial para assumir o cargo, Serjão afirmou ao portal RIC.com.br que continua trabalhando normalmente em suas funções de vice-prefeito. A prefeitura de Fazenda Rio Grande informou que aguarda os trâmites legais para efetuar a substituição temporária do chefe do executivo.

A investigação do GAECO aponta para a existência de uma organização criminosa que atuava na área da Saúde de Fazenda Rio Grande, praticando crimes contra a administração pública. As suspeitas incluem corrupção ativa e passiva, contratação direta ilegal, peculato e lavagem de dinheiro, envolvendo servidores públicos e particulares.

As apurações revelaram que a Prefeitura de Fazenda Rio Grande celebrou contratos com a AGP Saúde desde 2022 para a prestação de serviços. No entanto, o Ministério Público questiona a necessidade de alguns desses serviços, como a testagem domiciliar, que poderiam ter sido realizados com maior qualidade e menor custo pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Soma-se a isso, a alegação de valores pagos incompatíveis com os serviços prestados, levantando suspeitas de superfaturamento e desvio de recursos.

Estima-se que a AGP Saúde tenha recebido mais de R$ 9,5 milhões apenas em contratos com a Prefeitura de Fazenda Rio Grande. A empresa também firmou acordos com outras prefeituras da Região Metropolitana de Curitiba, como Campina Grande do Sul e Quatro Barras, ampliando o alcance do suposto esquema. De acordo com as investigações, o prefeito Marco Antonio Marcondes Silva e o secretário Francisco Roberto Barbosa são suspeitos de autorizar o processo de dispensa de licitação que beneficiou a empresa. Abrilino Fernandes Gomes atuava como intermediário entre as prefeituras e a empresa, enquanto Samuel Antonio da Silva Nunes era o proprietário formal da empresa, utilizada como laranja para ocultar os verdadeiros responsáveis. Alberto Martins de Faria, auditor do Tribunal de Contas, é apontado como o chefe e autor intelectual do esquema.

Fonte: http://ric.com.br

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