O Partido dos Trabalhadores (PT), através do deputado Lindbergh Farias (RJ), líder na Câmara, formalizou uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. A ação surge em um contexto de forte polarização política, impulsionada por um decreto que aloca serviços do Gabinete Pessoal da Presidência à atual primeira-dama, Rosângela da Silva, conhecida como Janja.
A medida do governo Lula gerou imediata reação da oposição, que apresentou 15 projetos de decreto legislativo buscando anular a decisão. Entretanto, Lindbergh Farias minimizou a relevância dessas iniciativas, alegando que carecem de base jurídica sólida. “Quero repelir veementemente a perseguição desnecessária e sem sentido contra a primeira-dama Janja Lula da Silva”, declarou o deputado, prometendo retaliação contra o que considera ataques infundados.
Ao justificar o acionamento da PGR contra Michelle Bolsonaro, o deputado Lindbergh Farias mencionou o programa Pátria Voluntária, liderado pela ex-primeira-dama durante o governo anterior. Ele ressaltou questionamentos levantados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a gestão do programa, alegando irregularidades na escolha das organizações beneficiadas.
De acordo com o deputado, o TCU apontou “ingerência política direta na escolha de organizações”, citando o caso da Associação de Missões Transculturais Brasileiras (AMTB), supostamente indicada pela então ministra Damares Alves sem o devido processo seletivo. As críticas se estendem à suposta falta de controle orçamentário e critérios objetivos na destinação de recursos privados arrecadados pelo programa.
Em resumo, a ação do PT na PGR contra Michelle Bolsonaro intensifica a disputa política em torno do papel das primeiras-damas e da gestão de programas sociais, prometendo gerar novos desdobramentos nos próximos dias.
Fonte: http://vistapatria.com.br