Embora as eleições de 2026 ainda estejam distantes, a atmosfera política no Brasil permanece intensamente carregada. Observadores apontam para uma possível estratégia do governo atual, focada em moldar suas ações e políticas para consolidar uma imagem específica, priorizando a narrativa em detrimento de um plano de governo abrangente.
Essa constante busca por antagonistas, para desviar a atenção da ausência de um projeto de governo claro, intensifica a sensação de um estado de campanha eleitoral permanente. Essa tensão contínua, embora desagradável, não altera o calendário eleitoral. A incerteza quanto ao futuro do país após 2026, portanto, deve persistir nos próximos meses.
O próximo pleito representa, para muitos, uma oportunidade crucial para reorganizar o país em diversas áreas. Setores como a economia, o combate ao crime organizado e a governança republicana enfrentam desafios críticos, que exigem ações imediatas para evitar danos irreversíveis. Uma continuidade das práticas atuais, segundo analistas, pode levar o país a um ponto sem volta.
Na esfera econômica, o governo tem sido criticado por aumentar os gastos públicos e a carga tributária, que já estão entre as maiores do mundo. “Em 2024, a carga tributária relativa às três esferas de governo atingiu 32% do PIB, o maior valor da série histórica”, destaca um relatório. Essa política fiscal expansionista, combinada com altas taxas de juros, tem gerado preocupações sobre o aumento da dívida pública e o potencial esgotamento do crescimento econômico.
No combate à criminalidade, dados recentes indicam um aumento da preocupação da população com a violência. A expansão do crime organizado para novos setores e a ocorrência de eventos como a fuga de líderes de facções e a execução de autoridades expõem a fragilidade da segurança pública. Críticos apontam para a falta de uma política governamental eficaz para lidar com o problema.
No âmbito da governança, especialistas alertam para uma hipertrofia do Judiciário e uma crescente erosão da independência dos poderes. A criminalização da opinião e a perseguição política geram apreensão quanto ao futuro do Estado de Direito. A recuperação da normalidade política, segundo analistas, exigirá reformas profundas, incluindo a redefinição do papel do Judiciário e a garantia das liberdades individuais.
A eleição de 2026, portanto, assume um caráter decisivo para o futuro do Brasil. A escolha dos eleitores definirá o rumo do país nos próximos anos e determinará se será possível reverter a trajetória atual e construir um futuro mais próspero e democrático.
Fonte: http://revistaoeste.com