O Paraná registrou um marco histórico em investimentos, atingindo o maior volume liquidado desde 2001. Os dados foram apresentados na Assembleia Legislativa, durante audiência pública da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa), revelando um período de crescimento e expansão econômica no estado. O investimento maciço impulsionou diversos setores, fortalecendo a infraestrutura e os serviços públicos.
Entre janeiro e agosto, os investimentos somaram R$ 2,3 bilhões, superando os R$ 1,5 bilhão do mesmo período de 2024, um aumento de 49%. Um total de R$ 4,4 bilhões foi empenhado em áreas cruciais como transporte rodoviário, infraestrutura urbana, saúde e educação. Cerca de um quarto desse montante foi alocado para melhorias nas rodovias e no transporte rodoviário, totalizando mais de R$ 1,06 bilhão.
Obras como a Ponte de Guaratuba e a ampliação do Contorno Sul de Curitiba foram contempladas, assim como a duplicação e restauração da PR-466 e a implantação da Perimetral Leste de Foz do Iguaçu. Na infraestrutura urbana, os investimentos ultrapassaram R$ 601 milhões, com destaque para o programa “Asfalto Novo, Vida Nova”, financiado em parte pela Assembleia Legislativa. O programa beneficia 377 cidades paranaenses, levando asfalto, calçadas acessíveis, galerias pluviais e iluminação em LED.
O secretário da Fazenda, Norberto Ortigara, destacou a transparência na gestão dos recursos, inspirada pela Assembleia Legislativa. “Além do cumprimento formal das obrigações legais, estamos imitando a Assembleia na transparência… buscando demonstrar a realidade de nosso Estado, que continua forte, sólido e com as contas em dia”, afirmou Ortigara. Ele mencionou uma leve desaceleração na arrecadação do ICMS, possivelmente influenciada pela taxa Selic, mas garantiu que os investimentos prioritários continuam em andamento.
Apesar dos questionamentos sobre a queda na arrecadação do ICMS, o relatório da Sefa apontou um crescimento de 1,6% na receita total do segundo quadrimestre, impulsionado pelas receitas patrimoniais e pelas transferências da União. As despesas atingiram R$ 53,1 bilhões, com um aumento real moderado de 3,1%, demonstrando responsabilidade nos gastos públicos. O Paraná também superou os limites constitucionais de aplicação em Educação (31,99%) e Saúde (12,71%). Além disso, os investimentos em Ciência e Tecnologia mais que dobraram.
A economia paranaense apresentou crescimento acima da média nacional, impulsionada pela agropecuária e pela indústria. O estado atingiu o maior rendimento médio da história (R$ 3.820) e mantém uma das menores taxas de desemprego do país: 3,8%. O diretor-geral da Sefa, Luiz Paulo Budal, ressaltou a manutenção do Paraná na Capag+, a classificação máxima conferida pelo Tesouro Nacional. Os deputados estaduais seguiram com os trabalhos em duas sessões plenárias nesta terça-feira.
Fonte: http://www.assembleia.pr.leg.br