O depoimento do empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, mais conhecido como “Careca do INSS”, à CPMI que investiga fraudes na Previdência, foi adiado para quinta-feira, 25. A oitiva, inicialmente agendada para esta terça-feira, 23, promete ser um momento crucial para o avanço das investigações sobre o esquema de desvio de recursos.
Segundo informações apuradas, a decisão de Antunes em colaborar com a CPMI ocorreu após a convocação de sua esposa, Tânia Carvalho dos Santos, para também prestar depoimento. A articulação demonstra a complexidade das investigações e a pressão sobre os envolvidos no esquema.
O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), ressalta a importância do depoimento de Antunes. “Nós na CPMI estamos dando preferência a ouvir os cérebros, os principais envolvidos no esquema de desvio do dinheiro dos nossos aposentados”, afirmou o senador, evidenciando a prioridade em identificar os responsáveis pela suposta fraude.
Viana também expressou cautela, lembrando que Antunes já havia confirmado sua presença anteriormente, mas não compareceu. “Desta vez temos do advogado o compromisso, temos dele também o desejo de participar ainda que fique calado”, declarou, mencionando a autorização do STF para condução coercitiva, caso necessário.
A remarcação para quinta-feira, segundo o senador, visa garantir que a CPMI possa ouvir o depoente “com toda tranquilidade”, considerando-o o principal organizador do esquema criminoso. A expectativa é que o depoimento traga novas informações sobre o desvio bilionário no INSS e seus responsáveis.
A CPMI busca dar respostas claras à sociedade sobre o desvio bilionário no INSS. O depoimento do “Careca do INSS” é considerado um dos mais importantes da comissão até agora, uma vez que ele é apontado como articulador central no esquema que drenou recursos da Previdência.
Além de Antunes e sua esposa, a CPMI também aprovou a convocação de outros suspeitos, incluindo o filho de Antunes, Romeu Carvalho Antunes, e diversos sócios em empresas ligadas ao esquema. A lista de convocados demonstra a abrangência das investigações e o esforço da comissão em elucidar o caso.
A CPMI também aprovou requerimentos de convites para autoridades que possam auxiliar nas investigações da fraude bilionária, como o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e o advogado-geral da União, Jorge Messias. A colaboração de diferentes órgãos é vista como fundamental para o sucesso das investigações.
Fonte: http://revistaoeste.com