O ex-ministro José Dirceu (PT) elevou o tom contra o Congresso Nacional durante uma manifestação de apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, realizada neste domingo em Brasília. O ato, que reuniu militantes e simpatizantes, focou na rejeição à PEC das Prerrogativas e em protestos contra a anistia.
Dirceu, em discurso inflamado sobre um trio elétrico, classificou a PEC das Prerrogativas como a “PEC da Impunidade”. É importante lembrar que o ex-ministro foi condenado em 2016 na Operação Lava Jato, mas suas sentenças foram posteriormente anuladas pelo Supremo Tribunal Federal. O evento demonstra a crescente tensão entre o governo e o Legislativo.
A manifestação teve início próximo ao Museu Nacional, culminando em uma passeata até o Congresso. Os participantes exibiram faixas com mensagens como “sem anistia para golpista” e “Congresso inimigo do povo”, refletindo o sentimento de parte da base governista em relação à atuação do Parlamento.
Durante o ato, Dirceu defendeu uma mudança radical na composição do Congresso. “Para mudar este País, temos que mudar o Congresso Nacional”, afirmou o ex-ministro, indicando uma estratégia de pressão popular sobre os parlamentares. Militantes e participantes também direcionaram críticas ao presidente da Câmara, Hugo Motta, pela condução da votação sobre a urgência do projeto de anistia.
O ex-ministro também defendeu uma maior taxação sobre as classes mais ricas, alinhando-se com a retórica do governo. “É hora de cobrar impostos dos ricos, do BBB”, declarou Dirceu, referindo-se a Bilionários, Bancos e *Bets*, um dos motes do PT. As críticas se estenderam à família do ex-presidente Jair Bolsonaro e ao que ele chamou de “extrema direita”.
Com a recente ascensão de Edinho Silva à presidência do PT, Dirceu, que articula uma possível candidatura à Câmara em 2026, ganhou maior influência dentro do partido. Sua participação ativa em eventos como este sinaliza uma retomada de protagonismo na cena política nacional.
Fonte: http://revistaoeste.com