Juiz que Encarcerou Beira-Mar Vive Sobressaltado: Sem Escolta, Temor e Isolamento Marcam Rotina

O ex-juiz federal Odilon de Oliveira, conhecido por sua atuação rigorosa contra o crime organizado e por ter sentenciado Fernandinho Beira-Mar a mais de 900 anos de prisão, enfrenta uma realidade de isolamento em Campo Grande, Mato Grosso do Sul.

Responsável por confiscar inúmeros bens do crime organizado, de aeronaves a imóveis de alto valor, Odilon vive hoje sob a sombra de possíveis retaliações. Após perder a escolta policial que o acompanhou por duas décadas, por decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2018, ele se sente um “prisioneiro em casa”.

O magistrado aposentado teme, principalmente, represálias do Primeiro Comando da Capital (PCC) e de outras facções criminosas. Para tentar reverter a decisão do CNJ, Odilon recorreu tanto ao Conselho quanto à Justiça Federal, mas os processos seguem em segredo de justiça e sem resolução. O CNJ declarou que não comenta casos em andamento.

Após concorrer ao governo do Mato Grosso do Sul em 2018, ainda com parte da escolta, Odilon hoje atua como advogado, inclusive em causas ligadas ao tráfico internacional. “Tudo segue as regras do devido processo legal”, afirma, justificando sua nova atuação como forma de manter a vida profissional ativa, mesmo com as restrições de segurança.

A vida de Odilon de Oliveira inspirou o filme “Em Nome da Lei” (2016) e o documentário “Odilon – Réu de Si Mesmo” (2020), demonstrando o impacto de sua trajetória no combate ao crime organizado no Brasil.

Fonte: http://revistaoeste.com

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