Vereadora de Curitiba na Mira da Cassação: Comissão aprova denúncia sobre ‘cartilha pró-drogas’

A vereadora Professora Angela (PSOL) enfrenta um momento decisivo em sua carreira política. A Comissão Processante (CP) da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) aceitou, por unanimidade, uma denúncia contra ela, abrindo caminho para que seu mandato seja cassado em plenário. A acusação central gira em torno da elaboração e divulgação de uma “cartilha pró-drogas”, que gerou grande polêmica na cidade.

A decisão da comissão foi baseada em um relatório do vereador Olimpio Araujo Junior (PL), que, embora tenha descartado implicações penais e de improbidade administrativa, considerou inadequado o conteúdo e a divulgação da cartilha. Segundo o relator, a conduta da vereadora configurou falta de decoro, expondo a Câmara Municipal a um “juízo social de descrédito”. A comissão aponta que a cartilha continha trechos que poderiam ser interpretados como prescritivos sobre o uso de substâncias ilícitas, agravando a situação.

Professora Angela, por sua vez, nega qualquer ilegalidade e atribui a polêmica a uma “divulgação fora do contexto” da cartilha. Em sua defesa, ela argumenta que o material foi elaborado com base em diretrizes do Ministério da Saúde e em experiências internacionais de políticas de redução de danos. “Não há nada de ilegal ou de quebra de decoro em trazer debates como esse para dentro desta Casa”, afirmou a vereadora em depoimento à Comissão Processante.

A denúncia contra Professora Angela foi formalizada pelos vereadores Bruno Secco (PMB), Da Costa (União) e Sidinei Toaldo (PRD), que alegam que a parlamentar infringiu o código ético-disciplinar da Câmara ao divulgar a cartilha. O documento, apresentado em uma sessão pública em agosto, teria incentivado o uso de drogas, segundo os denunciantes, o que é negado pela vereadora.

O próximo passo é a votação em plenário, onde os vereadores decidirão se cassam ou não o mandato de Professora Angela. Para que a cassação seja aprovada, são necessários dois terços dos votos, ou seja, 26 dos 39 vereadores. A data da votação ainda não foi definida, mas a decisão final terá um impacto significativo no cenário político de Curitiba. Caso seja cassada, a vereadora ainda poderá recorrer da decisão na Justiça Eleitoral.

Fonte: http://ric.com.br

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