A ativista climática Greta Thunberg e outros 35 membros do grupo Extinction Rebellion foram multados em 150 euros e temporariamente banidos de Veneza, na Itália, após tingirem parte do Grande Canal com um corante verde. O protesto ousado visava denunciar o que consideram falta de progresso nas negociações da COP em relação à transição energética e ao combate à crise climática.
O ato de protesto, além do despejo do corante, incluiu o estendimento de uma faixa com a mensagem “Parem o Ecocídio” na famosa Ponte Rialto. Paralelamente, um grupo de manifestantes, trajando véus vermelhos, circulou lentamente pela ponte, em uma representação simbólica da dor infligida ao planeta pela inação climática.
O governador de Vêneto, Luca Zaia, criticou a ação, classificando-a como um “ato desrespeitoso para a cidade, sua história e sua fragilidade”. Ele também expressou preocupação com potenciais danos ambientais que o corante poderia causar. Contudo, os ativistas afirmam que o material utilizado para colorir a água era fluoresceína, um sal de sódio considerado “completamente inofensivo” e frequentemente usado para rastrear o fluxo de água em rios.
Ações similares foram realizadas em diversas outras cidades italianas, incluindo Gênova, Pádua, Turim, Bolonha, Milão, Parma, Trieste, Palermo e Taranto. O objetivo coordenado era expressar descontentamento com a postura da Itália nas negociações climáticas internacionais.
A frustração demonstrada pelos ativistas reflete uma insatisfação generalizada com a falta de resoluções concretas na COP que impulsionem uma transição energética efetiva e o abandono gradual dos combustíveis fósseis. A cúpula, marcada por tensões, viu a resistência de países petrolíferos e potências como China e Índia, resultando em medidas focadas na mitigação dos danos, em vez de atacar as causas da crise climática.
Fonte: http://vistapatria.com.br
