A Copa do Mundo de 2026 se aproxima, e com ela surge uma curiosidade peculiar: o Rei Charles III, em seu primeiro mundial como monarca, pode se ver torcendo por um número expressivo de seleções. A saber, Charles III é o chefe de estado não apenas da Inglaterra, mas também da Escócia, Austrália, Nova Zelândia e Canadá, todos já classificados para o torneio. Esse fato estabelece um recorde notável, superando o número de países sob a chefia de estado da Rainha Elizabeth II em edições passadas.
Além dos cinco países já garantidos, a influência do monarca pode se estender ainda mais. Jamaica, País de Gales e Irlanda do Norte, também sob a Coroa, ainda lutam por vagas na repescagem. No entanto, o sorteio das chaves impõe um limite: apenas mais um país europeu poderá se juntar à festa. A possibilidade de vermos as quatro nações do Reino Unido competindo juntas na Copa do Mundo pela segunda vez na história, certamente, adiciona um elemento de expectativa e rivalidade.
A relação entre a realeza britânica e o futebol é antiga e complexa. A Inglaterra, por exemplo, só participou de sua primeira Copa do Mundo em 1950, durante o reinado de George VI, devido à sua não filiação anterior à FIFA. A Rainha Elizabeth II testemunhou a presença da Escócia em diversos mundiais (1954, 1982 e 1990), mas foi somente em 1966 que a Inglaterra conquistou seu único título mundial, com a própria rainha entregando a taça Jules Rimet ao capitão Bobby Moore.
Ao longo das décadas, a presença de nações sob a coroa britânica na Copa do Mundo tem variado. Em 1958, um marco histórico: todo o Reino Unido esteve representado, com Inglaterra, Escócia, Irlanda do Norte e País de Gales competindo simultaneamente. Já em 1986, Inglaterra, Escócia, Irlanda do Norte e Canadá repetiram o feito. Mais recentemente, a Copa do Mundo de 2022 no Catar testemunhou a participação de Canadá, Austrália, País de Gales e Inglaterra, marcando o fim do reinado de Elizabeth II com uma forte presença de nações sob a coroa.
Em suma, a Copa do Mundo de 2026 promete ser um evento especial para o Rei Charles III, que poderá acompanhar de perto o desempenho de diversas seleções sob sua chefia. Resta saber se alguma delas repetirá o feito de 1966 e trará a taça para casa, sob o olhar atento do novo monarca.
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