Caros leitores do Portal Fatos e Boatos do Iguaçu (fatoseboatosdoiguacu.com.br) e Blog Fatos e Boatos do Iguaçu (fatoseboatosdoiguacu.com), nosso tema de hoje é uma “matutada” sobre à eficiência… ou à falta dela. Viajamos ao plácido e pitoresco Centro-sul Paranaense, mais precisamente a Imbituva, uma cidade com pouco mais de 29.000 habitantes, onde a matemática da gestão pública atinge níveis de surrealismo dignos de um causo assombração e “panela de dinheiro”.
Preparem-se para o número da mágica: em uma cidade com essa população, a Prefeitura opera com impressionantes 46 cargos de chefia por indicação. Isso não é apenas uma administração; é um conselho de administração turbinado, uma verdadeira República Oligárquica do Chefe. A proporção é tão generosa que, se fôssemos dividir, teríamos um “chefe” para cada 630 imbituvenses, incluindo bebês e idosos.
O povo da cidade, com sua sabedoria popular inabalável, já cravou o diagnóstico: “entra governo, sai governo, Imbituva é sempre a mesma.” A prefeitura virou um labirinto hierárquico, onde a máxima não é mais “tempo é dinheiro,” mas sim “muito chefe para pouco índio.” A máquina pública está mais para um paquebote luxuoso, lotado no convés superior de capitães, tenentes e almirantes (todos, claro, de indicação), enquanto no porão, os poucos “índios” (servidores de carreira?) remam no calor da ineficiência.
Enquanto isso, o reflexo dessa “gestão de gabinetes” aparece onde mais dói no cidadão comum: na saúde pública. Ela se encontra naquele estágio onde o melhor a fazer é, ironicamente, “cuidar-se para não precisar.” Porque, convenhamos, esperar que uma estrutura com 46 poltronas de chefia (pagas com o seu suado imposto) priorize um atendimento digno é quase um ato de fé.
Nossa esperança? Ah, ela jaz no fundo da caneca de café, na promessa de um futuro bem próximo onde essa farra da chefinha acabe. Que o futuro traga menos cargos comissionados — que parecem ser uma benesse distribuída a amigos e aliados com o fervor de um messias político — e mais cuidado efetivo com a população. Que os 46 “capitães” comecem a remar junto com os “índios” ou, melhor ainda, que o barco seja reduzido ao tamanho que a cidade precisa e pode pagar.
Até lá, caros leitores, o jeito é admirar Imbituva como um museu a céu aberto da burocracia endêmica brasileira, onde a “chefia” é o produto mais valioso e o cidadão, o cliente mais esquecido.
E você, caro leitor, qual a proporção de “chefe por habitante” no seu município?

Imbituva ainda peca por pegar qualquer um, sem um mínimo de conhecimento, para “trabalhar” na Secretaria de Educação. Lamentável!
A educação indo de mal a pior… Deveria ser revisto o quadro de funcionários para que houvessem mais funcionários que realmente honram suas posições! Secretária de Saúde mesma coisa, não tem peito pra nada!